A pergunta no título pode parecer sem sentido: afinal, é só um eletrodoméstico. Mas só damos valor quando sentimos falta de algo.
Esse aparente “desprezo” existe por nossas geladeiras estarem completamente integradas ao nosso cotidiano. Abrimos suas portas várias vezes ao dia sem nos dar conta de como aquele aparelho é fundamental.
Isso acontece porque todos aqui provavelmente nasceram em lares que já tinham geladeiras. Mas nossos avôs (e bisavôs, no caso dos mais jovens) viveram parte de seus dias sem esse “luxo”: as geladeiras só se popularizaram no Brasil na década de 1950. Hoje são o primeiro eletrodoméstico comprado por quem monta uma casa nova.
A vida era dramaticamente diferente antes delas! Imagine ter que comprar comida todos os dias para cozinhar. Carnes só podiam ser conservadas se salgadas ou imersas em banha. E os restos do almoço talvez se estragassem até o jantar.
Por isso, quando a geladeira surgiu, aquilo era quase mágico! Se quiser entender a magnitude disso, experimente desligar a sua por uma semana apenas.
Ela é só um exemplo! Os primeiros eletrodomésticos transformaram o cotidiano quando começaram a surgir há uns cem anos. Hoje temos vários deles, e ninguém vê nada “mágico” nisso, apesar de reconhecermos suas utilidades.
Estamos vivendo um novo momento de disrupção na maneira em como moramos, graças a novas tecnologias digitais. Seu poder transformador rivaliza com o daqueles eletrodomésticos primitivos.
São os dispositivos que criam as “casas inteligentes”. Muito além de automatizar tarefas domésticas ou realizar ações por comandos de voz, conseguem tomar decisões a partir do que “aprendem” dos hábitos da casa e de seus moradores. Como resultado, ganhamos tempo e comodidade.
Esse é um processo em andamento. Esses dispositivos estão longe de estar plenamente assimilados ou disseminados: são muito caros e as pessoas ainda não os conhecem! Há ainda importantes questões de segurança e privacidade que precisam ser resolvidas.
De qualquer forma, é uma questão de tempo. Chegará o momento em que tudo isso estará tão integrado a nossas casas quanto as geladeiras.
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