HIDROGÊNIO VERDE: A NOVA REVOLUÇÃO ENERGÉTICA NA INDÚSTRIA




A transição energética global está em destaque, e o hidrogênio verde surge como um dos pilares para um futuro mais sustentável. Durante a 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão, o tema ganhou relevância nos debates sobre descarbonização industrial. Empresas e governos destacaram o potencial desse recurso, que promete revolucionar setores como a siderurgia e a geração de energia.
A Vale, gigante brasileira da mineração, apresentou sua parceria com a europeia Green Energy Park (GEP) para desenvolver estudos sobre a implantação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no Brasil. Essa unidade abasteceria um futuro Mega Hub industrial voltado à produção de aço de baixo carbono, promovendo parcerias globais para a fabricação de ferro-esponja (HBI) com menores emissões.
Outro marco da COP29 foi o lançamento da Hydrogen Declaration, que estabelece diretrizes para acelerar a produção e o uso do hidrogênio renovável. Entre os pontos destacados estão a criação de demandas, certificação, padronização, financiamento e a inclusão do hidrogênio nos compromissos climáticos nacionais. A próxima COP, que ocorrerá no Brasil em 2025, deverá aprofundar essas discussões.
Estudos apontam que o Brasil tem grande potencial no setor. Segundo a Cooperação Brasil-Alemanha e o Ministério de Minas e Energia, o hidrogênio verde pode gerar R$ 61,5 bilhões no PIB e criar cerca de 177 mil empregos até 2050. Contudo, a Associação Brasileira de Hidrogênio alerta para a importância de políticas públicas que priorizem projetos economicamente viáveis, garantindo acessibilidade e competitividade no mercado.
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